segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Eu vi de longe.

    E lá se vão 4 e uns dias. São 4 sem seus conselhos, seus abraços, seus apertões, seus “bom dia”, seu ombro amigo, suas ligações na madrugada, seus planos pro futuro. São 4 sem te ver pelo menos um dia na semana, sem dividir o chocolate, sem rir sem parar de qualquer coisa sem graça, sem pedir pra dormir no meu sofá, sem me livrar das furadas, sem as voltas na madrugada. São 4 sem contar que ganhei uma irmã, que nem tudo dá certo na vida, mas que na calma, as coisas se ajeitam. São 4 sem você saber que tranquei a faculdade e que voltei, que sou adulta e responsável, que trabalho e me atrapalho, e que não sou tão responsável assim. São 4 sem beber demais na madrugada, comer demais, falar demais, rir demais, sofrer demais. São 4 sem as tardes olhando o mar, sem as conversas no meio fio, sem o sol na cara e a bochecha corando. São 4 sem saber.
    São 4 de 50 centavos economizados, de copos d’água que nunca passaram do portão e de “me liga quando chegar” que nunca foram ditos. São 4 de biscoitos que nunca saíram do pacote, de planos que ficaram pra outra vida e do sofá que nunca foi desarrumado. São 4 sem “parabéns” e 3 para 23, daí eu me pergunto que graça tem esses 23 se já se passaram 4 vezes as 4 estações, todas sem tanta cor assim.
    São 4 sem e foram quase 4 com, são 03:05 da manhã e eu me pergunto se algo nisso faz sentido. Se seriam 4 de abraços, 4 corações, se seriam mais 4 de amizade ou se a gente não se perderia no caminho e nas voltas que a vida dá, mas meu coração me diz que não, e que na verdade não é. Que cada linha desses versos, você escreveu comigo, que nesses 4 anos sem você, você está em mim, e que a cada dia, você me fortalece. E que há 4 anos, o significado de anjo da guarda ganhou um novo sentido.


Mas, ah, meu bem. Saudade? Saudade é pra quem tem. E eu tenho. 

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