terça-feira, 22 de junho de 2010

Maybe I just want to fly

      Sempre fui muito ligada à liberdade. Aceitar limitações nunca foi comigo, sempre fui adepta do pensamento ‘somos o que queremos ser’. Então, porque não ser/ter/querer/realizar? Sentir o que quiser sentir, amar quem quiser amar, simplesmente libertar-se dessas amarras loucas em que estamos acostumados a nos prender, e voar! Voar o mais alto que puder, e ser feliz ao máximo.
      Lembro que há alguns anos atrás eu era bem diferente. Eu tinha medo, muito medo de viver. Sempre me escondendo, fugindo, pensando muito e agindo pouco. Correr atrás sempre esteve fora de cogitação, sempre odiei ter trabalho, minha timidez nada me permitia... Com o decorrer do tempo, eu mudei. Não que eu seja boa nisso, não que eu saiba ser impulsiva, mas às vezes é melhor tentar e não conseguir, do que esconder-se atrás do medo de sofrer e não tentar. Cansei dos ‘e se?’ que tive em minha vida e das oportunidades perdidas, cansei de não agir por conta de orgulho besta, simplesmente “parei de pensar e comecei a sentir”. Quem me conheceu toda a vida, sempre achou que eu era/sou um poço de coragem. Que nada! Nunca conheci menina mais boba e medrosa que eu. Mas existem pessoas que acreditam na minha força, e isso não me deixa desistir jamais... E sigo no que acredito... mas se mudo de idéia no meio do caminho? Sim, mudo de idéia, mas o que sinto não muda.
      Falar de liberdade nesse momento da minha vida pode ser meio contraditório. Ando passarinho acuado, com necessidade louca de voar, mas impossibilitado de mexer as asas. E passarinho preso só pensa, quietinho no cantinho, só concatenando as idéias. Mas que atmosfera é essa que me prende, já que prego tanto que a gente é o que quer ser? Não sei bem. Acho que é a falta de rumo, ou a falta de alguém para voar comigo. Mas enquanto não consigo descobrir o que me bloqueia, vou aos poucos reaprendendo a bater as asas, um movimento por vez, sem pressa. E quem sabe, nesse recomeço, eu não acho meu rumo? Ou no meio do caminho, reencontro meu anjo de asas tortas, e que ele esteja disposto a esquecer dos vôos mal feitos que nos machucaram, e se disponha a voar comigo por quanto tempo for, pra onde for? 

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